Sobre a oração:
A oração
é um fenômeno incitado pela vontade humana de contato do homem com Deus, ou com
as forças espirituais benévolas, que guiam a humanidade. O ser humano, em seu
caminho terreno, no decorrer de sua vida passa por muitas provações, sua
própria fé e convicção nas forças espirituais são postas em provas em muitos
momentos, muitos cedem às facilidades de uma vida totalmente material, com
facilidades e prazeres, são estes que pouco depois perdem a capacidade mediúnica
na mesma medida em que se esvaem seus conceitos espirituais filosóficos e suas
qualidades morais jesuíticas. Felizmente muitos outros afirmam-se cada vez mais
em suas crenças religiosas, são estes os “homens de oração”, que têm uma
concepção de vida muito mais ampla que os homens que vivem somente para a
matéria, esta concepção de vida não é somente uma abstração ineficaz, inútil ou
qualquer outra coisa deste calão, senão uma concepção que faz parte do verbo
“fazer”, pois a crença viva já é uma atitude, uma concepção de vida espiritual,
quando levada ao mais alto grau de seriedade é algo que faz tanto parte da vida
do homem quanto faz o fato de ele viver, respirar, comer, conversar ou cantar.
Não é uma atitude que se restringe somente ao %âmbito mental senão uma
experiência pragmática e sensorial, ainda que o orgão sensorial utilizado nesta
vivência seja oculto ao grande contingente da humanidade. Justamente nisto esta
o segredo da oração: a oração não se paramenta somente em conceitos morais,
filosóficos e sentimental senão alcança uma amplitude muito mais vasta que a
experiência meramente terrena do homem, a amplitude espiritual, em que o homem,
infelizmente, na educação e cultura em que hoje se forma e cresce não consegue
criar subsídios suficientes para atingir estas metas. Assim, decorre que grande
parte da humanidade está carente de “espirito”enquanto outra grande parte se
torna indiferente, e uma minoria têm a sorte de experimentar este processo
educativo espiritual. A oração deve ser a primeira preocupação na vida de uma
pessoa, depois pode vir todo o resto, pois quando oramos entramos em contato
com os designios primordiais e essenciais de nossa vida profunda, do contrário
há grande facilidade em se perder em objetivos obtuzos da vida material. A vida
espiritual é o que compreende a missão para a qual está o homem na terra, a
oração é uma constante consulta ao mapa espiritual, que rege a vivência física,
por isto a oração é o que de mais importante temos em nossas vidas, mais
importante que ter um carro, que trabalhar, mais importante que qualquer destas
coisas que perto da atividade oratória verdadeira não passam de banalidades
materiais inúteis à vida espiritual, a oração sincera é tão importante que o
próprio corpo é perto dela um fardo pesado e quase que desimportante, nem mesmo
se alimentar têm qualquer importância diante do encontro com Deus. Deus é tudo,
e deve estar presente em nossas vidas não somente em todos os momentos
memóraveis, mas em todos os minutos de nossas vidas, seja lá o que estivermos
fazendo. A oração é portanto um processo constante, como respirar, ainda que
possamos fazê-la com mais ou menos intensidade em momentos específicos como
cultos, missas ou meditações, deve ser iniciada ao anoitecer e finalizada ao
alvorecer, quando se deseja orar com todas as forças de tua alma dedica muito
tempo à esta atividade, lembremo-nos que das atividades da tua vida, em uma
escala de importância e de valores empregados às atividades esta é a que mais
valor, nobreza e “funcionalidade” pragmática possui, pois a oração à pesar de
parecer uma atividade meramente psíquica age nas profundezas de teu ser e de
todos os que te cercam, de modo que tu podes mudas tua própria realidade em
todos os contextos através desta atividade que têm um grau de importância,
repito: preponderante. Aquele que não ora é como o maratonista que não treina
adequadamente, e que ao correr a prova não entende exatamente porque não teve
bom êxito nos resultados. Não podemos definir uma diferença exata entre oração
e contemplação, é fácil pensar que a oração se utiliza de palavras e a
contemplação da visão, no entanto nem uma nem outra se utiliza de sentidos
comuns do ser humano, ainda que possam iniciar-se nestes termos, isto porque,
com o treino cria-se o estágio de percepção extra-sensorial, no qual nem visão
nem palavra têm uma importância, mas sim um estágio mas elevado de percepção do
mundo, onde sentimentos facilmente s desenvolvem e extrapolam no ser, sem
necessidade de pensamentos específicos.
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