Sobre a empatia:
A
palavra “empatia” está posta no dicionário como abstração da própria vida
interior para aceitar um conteúdo psíquico diferente ou apreciação emocional
dos sentimentos de outros. Tendo como etimologia EN ( dentro ) PHATOS ( sentimentos ). Mas quê realmente é a empatia?
Quê poderíamos discorrer neste tema levando em consideração a teoria espírita?
Ou mesmo nossas divagações sobre meditação? Sabe-se que cada pessoa têm uma
personalidade distinta, peculiar e bastante pessoal. A personalidade pode ser entendidas
por uma série de caracteres como gostos, prazeres, opiniões, concepções e modo
de percepção do mundo. Mesmo que cada pessoa tenha um gosto pelas coisas, um
entendimento do mundo bastante peculiar pode-se fazer uma divisão dividindo a
humanidade em grandes contingentes, ficando separadas por grupos de
personalidade específicos assim como faz a medicina Aiuvérica da India, ou
mesmo como propôs Adous Huxley dividindo os seres humanos em três grupos
principais: mesomorfos, ectomorfos e endomorfos. Aplicando em sua teoria para
cada grupo, que tem constituições físicas específicas, características
psiquicas comuns. Mediante o que foi dito, conduimos que mesmo tendo
caracteristicas únicas, cada pessoa ainda pode assemelhar-se em muitos aspéctos
à outras. Deste modo seria óbvio concluir que entrando em contacto com outros
ela pode tanto compartilhar tendencias comuns como entrar em atrito nas
características incomuns. Isto se passa em todos os campos de atuação,
vivência e percepção da humanidade: intelectual, afetivo, religioso,
físico, filosófico ou moral. Pode ocorrer o caso da pessoa partilhar do mesmo
partino no aspécto filosófico e desentender-se no âmbito físico, ou então ter a
mesma fluência no aspecto sentimental e atritar na parte intelectual, deste
modo imergimos em possibilidades de relações diversas quando comparamos os campos
de atuação, vivência e percepção da humanidade. O que pode ser uma
denominação bastante larga, mas que descreve um conceito que condiz
absolutamente com toda a realidade existencial humana, pois está resumido neste
breve título todas as possíveis vivências humanas.
Sendo
uma margen tão ampla de vivências é certo que no que se combina ou não com
outra pessoa é igualmente vasto, tudo funcionaria como o desenho de uma série
de montanhas, nas quais quando sobrepostas algumas se encaixariam
perfeitamente, enquanto outras ora estariam mais altas ora mais baixas quando
comparadas entre si. Assim, num desenho conseguimos colocar o ser humano, com
sua personalidade atual ( mas não em “potencia” como descreve Santo Agostinho )
e com todas as nuanças de sua personalidade.
A
discussão espírita sobre empatia ultrapassa o mero conceito da personalidade,
pois entra num campo psíquico muito mais profundo: a Alma. Nossos corpos estão
dotados de emanações fluídicas, que representam nosso próprio eu, A aura está
impregnada com a essência do eu, destituida das distorções provicadas pelo
pensamento restrito do corpo, pela razão ou intelecto. Estas emanaçõ4es
fluídicas que compõe a aura têm uma determinada amplitude no espaço físico,
esta amplitude pode aumentar ou diminuir conforme a disposição psíquicas da
pessoa. Quanto maior a importância que esta pessoa doa à seu campo psíquico
mais forte ele será, quanto mais apegada ao mundo dos sentidos menor será a
amplitude de sua aura.
Num
ambiente com muitas pessoas, levando em consideração que as auras de cada
pessoa tenham amplitudes diversas, notamos que elas estariam em contato já
inter-cambiando uma série de características psíquicas como sentimentos e
idéias através de imagens, palavras ou outros meios que ultrapassam em muito as
ferramentas racionais que dispomos comumente para nos comunicar, pois o
sentimento em sua forma “crua” existe antes que exista a ferramenta para a
transmissão dele. A pergunta é: É possivel interpretar um sentimento sem o uso
de qualquer ferramenta perceptiva? A resposta pode ser concebida como
afirmativa, pois entendemos os sentidos carnais como extremamente limitados,
ainda que não possamos perceber os sentimentos em sua forma crua podemos em
algo se aproximar à isto, por exemplo: posso notar os olhos de uma criança
brilharem, e sentir toda a glória de sua emotividade, igualmente recebendo
aquela emoção, no entanto me utilizei para isto da ferramenta visual, num
âmbito espiritual isto de daria de maneira totalmente psíquica, sem a
necessidade de qualquer ferramenta sensorial. É por isto que foi dito que
quando as auras entram em contato não só são transmitidas informações comuns
como sentimentos “crus”ou em sua forma mais essencial fora da razão, intelecto.
Ou seja: algo que está fora do campo racional, a razão não é sulficientemente
grande para entender a emoção, é uma outra ferramenta de linguagem, é como
comparar matemática com literatura, ou música com escultura. São ferramentas de
comunicação diversas, que podem até certo ponto se entender. No entanto de
todas estas ferramentas o sentimento é a chave de todos, e por isto supera a
todas, na verdade o sentimento é a metafísica do espírito, e todas as
ferramentas servem ou para desencadea-lo ou para tentar torpe e ínfimamente
descreve-lo. Existem esperiências psiquicas pelas quais passamos em nossas
vidas que são definitivamente impossíveis de descrever atravéz da linguagens,
estas experiências é evidente que não se passam no campo ideológico, pragmatico
ou imaginário senão no campo sentimental e espiritual. O mais interessante de
se notar é que na percepção extra sensorial existem tanto fatores de percepção
empírica como questões altamente subjetivas e sentimentais, é ao mesmo tempo
uma experiência sensorioal ( do campo espiritual ) intelectual ( pois o sujeito
reflete sobre o que percebe ) e sentimental ( encontra-se a essência do ser ).
As auras
estão pois, impregnadas de pensamentos e sentimentos pessoais, que correspondem
à essência mais profunda do “eu”, ou ao “eu”verdadeiro, e não à aparência do
eu, pois o mundo fízico faz distorcer a essência de cada alma, pois a razão e
todas as outras ferramentas de expressão do ser humano não são sulficientes
para comunicar exatamente aquilo que se é, ou o estado verdadeiro pelo qual se
perpassa, assim começamos a distorcer o que somos e onde vivemos, passando a
viver numa interpretação erronea de nós mesmos e do mundo. Por isto é
absolutamente correto dizer que pouco conhecemos da realidade. Seria petulância
dizer que realidade condiz com um mundo unicamente empirico, excluindo as
percepções e interpretações pessoais do mundo criadas por cada um.
Deste
contato entre auras podem sobrevir situações mal entendidas, ou mesmo inesperadas. Como as “intuições” que podem
ser consideradas como comunicação entre auras, ou mesmo situações premonitórias
em sonhos, que na realidade não são premonitórias senão algo que ocorre no
próprio momento em que se dorme, pois o mundo psíquico à noite está tão vivo
quanto no diz, assim, é como se à noite a humanidade estivesse vivenciando uma
série de acontecimentos psíquicos em tempo real, e após acordar o sujeito revivencia
aquilo que já foi vivenciado à noite, não foi só prenunciado senão vivenciado,
pois o psiquismo em sua raiz não conhece o fator tempo, assim não existe
diferença em prenunciar e vivenciar. Não há diferença em lembrar ou vivenciar,
pois a lembrança abala o mundo psíquico do mesmo modo que o que se vive no
presente.
A
empatia pode ser provocada não apenas com o contato direto, como também de
formas que são mais poderosas que as ferramentas convencionais de que dispomos,
como as emanações fluídicas ou as auras. A aura, conforme foi dito, pode ser
mais ou menos ampla, pois é maleável, aliás, só tem tamanho porque está num
ambiente físico, dotado de dimensões espaciais e temporais. A meditação e a
oração deixam o ser portador da aura mais próximo de sua realidade essencial, treinar
a aura não quer dizer que ela ficará maior ou mais poderosa, pois em verdade
ela se conserva desde o momento que é criada por Deus do mesmo tamanho, em sua
mesma harmonia, o que ocorre é que o ser vai adquirindo aos poucos maiores
possibilidades de usa-la, é como dizer que um trabalhador ganha uma ferramenta
perfeita quando nasce, no entanto enquanto criança não têm força sulficiente
para usa-la adequadamente, e, conforme cresce e fica mais forte ( ele e não sua
ferramenta que fica forte, não vamos confundir! ) têm maiores possibilidades de
atuar nos objetos para os quais sua ferramenta foi construida.
Os
objetos para os quais a ferramenta da alma foi construida são o próprio mundo,
o sujeito na medida em que se desenvolve pode intervir mais conscientemente e
eficazmente em suas potencialidades psíquicas, é por isto que erroneamente
podemos conceber que existem auras maiores e menores, na verdade são todas do
mesmo tamanho, o que muda é o contacto que temos com ela.
Este
contato é amplificado com preces e meditações podendo chegar à níveis
desconhecidos pela sociedade atual, o homem pode intervir em toda a natureza
através de seu poder, assim como São Francisco tinha um contato harmonioso com
toda a natureza, e conversava com os animais de maneira direta os paranormais
têm campos de atuação distintos, em objetos ou mesmo outras pessoas através de
telepatia. A prece possibilita, na medida em que o poder psíquico se desenvolve
( conforme o modo já descrito ) a criação de empatias espirituais, pois o que
está em união não são somente as nuanças humanas, os detalhes, variações de
afeição ou gostos intelectuais mas sim o ponto nevrálgico humano: a própria
alma.
Por quê
são os gênios e os bruxos representados muitas vezes por figuras com os cabelos
eriçados? Um dos efeitos de magnetismo provocado pela alteração do que
poderiamos chamar de “metabolismo magnético”do corpo humano, pois nosso corpo,
assim como o planeta terra também possui um equilíbrio magnético, que se
alastra por todo o corpo, mas que têm como base de comando o cérebro, ou antes
do cérebro o que se denomina de mente. Deste modo os cabelos ficam em pé, no
entanto, como já vimos no decorrer dos estudos existem situações específicas,
em que estes tipos de fenômenos têm maior probabilidade de ocorrências. Estas
situações podem ser colocadas como meditações ou preces, em que um fluxo de
“algo” , que sinceramente, não sei se podemos determinar pela palavra “energia”
penetra no ser pelo topo da cabeça, ou mesmo dele é emanada. O ato de criação
artística, ou científica, nas quais, quando sendo levado à sério e aos seus
limites máximos, exigem grande dose de criatividade, e um árduo trabalho mental
e cerebral, partindo deste pressuposto podemos dizer que os grandes criadores
sempre tiveram boa dose de mediunidade, pois incitaram no decorrer de suas
vidas um treinamento mental, que mesmo que não seja especificadamente religioso
não deixa de ser mental. Isto ocorre porque o ato criativo têm como exigência
os mesmos parâmetros que o ato religioso, estas exigências são: imaginação
fértil, convicção, crença, hipótese, execução, valores morais tudo inserido num
gradativo desenvolvimento que inclui começo, meio e fim.
É certo
que podemos diferenciar em larga escala a criação artística da descoberta
científica, no entanto é fato que as duas atividades possuem muitos aspectos em
comum, conforme foi citado acima a criatividade por exemplo é requisito
essencial nas duas. É certo dizer que o desenvolvimento geral do ser humano em
suas variadas atividades, principalmente naquelas que exigem qualidades
mentais, são fatores que desencadeiam e seguem um desenvolvimento constante da mediunidade.
Basta ser vivo para ser médium, não há exigências de freqüentar “centros
espíritas” nem igrejas para desenvolver a mediunidade, pois esta é como
qualquer outro sentido natural do ser humano, para ser bom musico não é
exigência obrigatória freqüentar escola de música, mas sim treinar as
ferramentas necessárias para isto, para jogar futebol com perícia exímia não é
exigência fazer escola de futebol senão treinar futebol, seja de que forma for.
A mediunidade portanto se enquadra nesta idéia, ainda que haja certa
importância em freqüentar uma igreja ou “centro espírita”com certa constância
para um médium, já que estes ambientes possuem uma estrutura do mundo
espiritual com organização voltada ao contato do homem desencarnado com o
encarnado mediante as leis morais de Deus, onde prevalece o amor entre todos os
terráqueos, estejam eles mortos ou vivos.
A atividade mediúnica é otimizada quando há uma freqüência linear nestes
ambientes espirituais religiosos, fora deles pode-se muito desenvolver a mediunidade,
ainda que o mais aconselhável seja freqüenta-los.
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