Percepção sutil:
A contemplação é uma capacidade do ser
humano, que pode através dela extasiar-se com a beleza do mundo. Quêm hoje, em
nossa sociedade fica três horas contemplando uma só paisagem? De um só ângulo
visual, no entanto percebendo todos os detalhes daquela paisagem... Isto é a
contemplação espiritual que leva à estados de realidades diferenciados e mais
completos, pois a vida encarnada é uma pessoa que olha o mundo verdadeiro por
uma janelinha, e quando consegue, ao menos de maneira parcial, libertar-se do
corpo, percebe detalhes que doutro modo lhe era impossível, as distâncias e o
tempo se desvanecem e não mais existem. O coração palpita forte numa profusão
de sentimentos desconhecidos ao cérebro corporal mas já inseridos no espírito
desde tempos remotos numa verdade mais ampla e vasta que aquela que pode o
corpo suportar, a mente abrange um ângulo de visão quase que desproporcional
àqueles que podem os olhos do corpo, tudo se vê, cores iridescentes pulsam em
meio à escuridão da noite, tontura sobrevêm às imagens que se tenta penetrar,
logo o mundo físico desaparece diante de infindáveis manchas coloridas, que
nada mais são que a verdade espiritual do mundo. Sentindo as energias pulsantes
do corpo perpassarem os chacras logo não mais se sente o corpo, ora o corpo
está dilatando ora não está mais em sí, é neste momento em que não se sente
mais o pulsar do coração. Pela lógica condui-se que o espírito “desapegou-se”
do corpo. É como se o mundo, o universo numa concepção mais ampla estivesse
permeado de um mar de energia, que é invisível aos olhos da maioria, e que para
poder ver esta energia que se movimenta como ondas há a necessidade de um
treinamento específico de meditação contemplativa. Mas qual a importância desta
experiência? Irás pouco a pouco atingir níveis mais profundos de êxtase
espiritual, e será também mais fácil chegar aos mesmos níveis, ou seja:
demanará menos tempo para chegar ao mesmo nível de clímax espiritual, é o
treino da capacidade de concentração, onde atravéz de um processo que envolve a
divinização, ou o valor espiritual impregado ao objeto visualizado, o modo como
se coloca o foco pode ser também de diferentes modos, pode ser um foco mais
concentrado num ponto, ou um foco mas abrangente, que cerque tudo o que possa
ser visto, por incrível que pareça, nestes estados o sujeito consegue ver à
tudo ao mesmo tempo, e notar ao mesmo tempo os movimentos e mudanças que ocorre
em tudo ao mesmo tempo, é uma situação pouco dificultosa para se descrever,
pois contemplando uma árvore por exemplo consegue-se notar todos os detalhes
que ocorre à ela ao mesmo instante, todas as folhas que se movimentam com o
vento, assim entra-se na percepção mais profunda dos campos energéticos
espirituais, onde grandes redomas coloridas semitransparentes de cores muito
vivas ora parecem querer cobrir o campo de visão obumbrando o mundo físico, ora
desaparecem deixando-o novamente visível, como se fosse um coração palpitante
que tivesse vida própria. No corpo outras sensações sobrevêm como: ânsia de
vômito, tonturas, calores, frios, e energias entrando pelo topo da cabeça. Há
um patamar áureo a ser atingido, um estado onde não mais se sente o tempo
passar, nem se percebe ao certo a noção de distância, esta é a fuga do
espírito, quando se está fora do corpo, e por isto não mais se sente ele. A
postura moral é de profunda prece, onde objetivos maiores da vida são a meta a
ser alcansada, mesmo que sejam objetivos ddesconhecidos à razão do corpo há uma
chama maior que é ciente das verdades imersas na consciência espiritual, é por
isto que aos poucos parecem ser descobertas novas sensações na medida em que se
ora, pois o ser vai entrando em contato com sua realidade espiritual. Há para
isto recursos auxiliares utilizados. A cafeína, o álcool e outras drogas são
recursos utilizados como facilitadores. Não quero aqui fazer apologia, no
entanto muitas drogas, é fato real, são utilizadas em cerimônias de índios das
mais diversas tribos para encontrar o mundo oculto aos olhos do corpo e com ele
interagir.
TÊm-se a impressão de que os habitantes do mundo
espiritual de intenções malévolas para com os encarnados estão em relativa
vantagem para praticarem seus atos oprobriosos, mas não há qualquer vantagem,
porque seus corpos sutis são invisíveis, mas seus atos e seus sentimentos não
são invisíveis, é aí que temos de trabalhar para ter a percepção de que está
ocorrendo em nosso redor, se há ou não uma possível interferência, se houver de
caráter desrespeitoso às humanidades trabalharemos com todas as forças que nos
são inerentes para curar esta ferida, a oração fervoroza, provinda dos
recônditos mais profundos da alma é recurso de inegável alcançe, as idéias
serão plasmadas numa imagem de força incontestável, a qual não poderá ser
detida pela mesquinhez que é o mal.
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